A polêmica matéria gera mobilização em nível Nacional e em Nova Petrópolis, representantes de diversos segmentos da sociedade organizada e comunidade, estiveram presentes
O plenário da Câmara de Vereadores esteve praticamente lotado na noite dessa terça-feira(12), por conta de uma Moção de Apoio nº 001/2024 encaminhada pelo vereador Tarcísio Brescovit(Patriota). A presente moção está relacionada a tentativa do Congresso Nacional, de legalização do aborto por meio da ADPF 442, a fim de garantir as prerrogativas constitucionais e republicanas das competências do Poder Legislativo e de se evitar um possível ativismo judicial por parte do Supremo Tribunal Federal.
A polêmica matéria gera mobilização em nível Nacional e em Nova Petrópolis, representantes de diversos segmentos da sociedade organizada e comunidade, estiveram presentes para referendar sua contrariedade a matéria em discussão que tenta legalizar o aborto no País.
O vereador Tarcísio Brescovit(Patriota), proponente da Moção de Apoio 001/2024, defendeu o repúdio à tentativa da Ministra Rosa Weber do Superior Tribunal Federal(STF), e reiterou que é preciso garantir o direito à decisão única e exclusiva do cidadão. “Ao contrário do que nós aprendemos, política, religião e futebol se discute sim e este é o caso em que cabe a ampla discussão e o envolvimento de toda a sociedade. Vocês estão de parabéns pela postura contrária ao aborto”, disse o vereador Brescovit, após indagar os espectadores da sessão sobre sua contrariedade ou apoio à matéria em questão. “Vocês é que decidem, por que o dia que vocês se calarem, acabou”, sublinhou o vereador do Patriota ao reforçar que em Nova Petrópolis o vereador Bresco é contra o aborto.
A vereadora Kátia Zummach(PSDB), também subiu a tribuna para lembrar que é mãe, cristã e para afirmar sua contrariedade ao aborto. Porém lembrou que o Poder Legislativo não tem competência para legislar sobre matéria de ordem federal. A legisladora disse ser necessário, no âmbito local, falar de políticas públicas que evitem o aborto e lembrou que como há a criminalização do procedimento, as pessoas procuram métodos não permitidos. Como mulher, disse a vereadora, “eu não posso acreditar que quem faça o aborto saia ilesa do procedimento. Não acredito que quem gera um filho e entrega para a adoação não passe um dia sem lembrar do filho”. Para Kátia Zummach, é preciso refletir sobre o tema, é preciso analisar se há no âmbito local o apoio necessário nos setores de saúde, assistência social e na comunidade. “As vezes a nossa realidade é muito diferente da realidade de outras pessoas”, sublinhou.
Os vereadores Alexandre da Silva(PSB), que preside a Câmara de Vereadores e Daniel Michaelsen(MDB), também reafirmaram sua contrariedade ao aborto, mas lembraram a necessidade de que o País tenha leis mais severas para o combate a crimes como o estupro e o feminicídio. Daniel Michaelsem defendeu a necessidade de mobilização por que na opinião do legislador a atuação do STF não é técnica e sim política e isso traz insegurança para o País. Alexandre da Silva disse que a vida não se tira nem quando é feto e nem quando é adulto; e há casos inadimissíveis sendo registrados País afora. Os vereadores Oraci de Freitas e Egon Hackermann também se manifestaram em favor da Moção e contra o aborto. A Moção nº 001/2024 foi aprovada no plenário com o registro de uma abstenção.
Crédito da Foto: Antonio Brito / Comunicação Câmara de Vereadores
Veja fotos: https://www.camaranovapetropolis.com.br/galerias_int.php?id=54
Fonte: Câmara de Vereadores Nova Petrópolis
